UNIR DESEJOS ATRAVÉS DA LINGUAGEM DAS DIRECÇÕES
Participação da turma 6ºE da Escola Básica de Vilar de Andorinho no projecto de Serralves “Cidades: Percursos, intervenções, afectos”.
Contextualização - Este ano, o tema do projecto com escolas da Fundação de Serralves, propôs “uma reflexão sobre a cidade e o espaço urbano, tendo em conta as inter-relações entre as dimensões física, social, económica e afectiva”. Assim, o processo de trabalho implicou “uma vontade colectiva de equacionar e negociar propostas concretas de intervenção/transformação dos lugares que habitamos.” Trabalhámos com base no método de projecto com os seguintes objectivos:Desenvolver a articulação de saberes de diversas áreas curriculares/disciplinares (Educação Visual e Tecnológica; História e Geografia de Portugal; Língua Portuguesa; Cidadania), em torno de problemas ou temas de pesquisa ou intervenção; Fomentar a capacidade de pensar criativamente a cidade e as suas condições de habitabilidade; Gerar momentos de aprendizagem cooperativa (Estabelecimento de parcerias com a Câmara Municipal de Gaia e a Fundação de Serralves); Saber intervir no espaço valorizando a requalificação e a importância da qualidade de vida, compreendendo a responsabilidade dos cidadãos na melhoria da qualidade de vida nas cidades. Desenvolver a responsabilidade, iniciativa, persistência e criatividade no desenvolvimento e concretização da actividade;
Memória descritiva - O sítio onde habitamos, a rua que percorremos, a escola que frequentamos, são espaços da cidade. É um espaço colectivo, de vivência em comunidade e onde partilhamos percursos, direcções, cores, lixo, emoções, mapas, memórias, brincadeiras. Pensar sobre a nossa cidade, sobre o que nos agrada, o que nos desconforta…foi explorar, foi analisar, foi ver de diferentes perspectivas, foi imaginar…Quantos lugares gostaríamos de mudar? Quantas direcções gostaríamos de alterar? Na sequência do trabalho que desenvolvemos, investigamos, reflectimos e imaginamos este objecto/produto de expressão que pretende comunicar, interrogar, transformar o lugar e dialogar com o público. Recolhemos informação e procuramos aquilo que as pessoas dão maior importância , mediante os resultados, decidimos destacar os gostos e afectos que estão registados nas placas direccionais. A arte é uma manifestação humana que reflecte novas formas de olhar e de interpretar, dar sentido/direcção às nossas vivências e experiências. A arte também tem a capacidade de influenciar a vida das pessoas, modificando os espaços, gerando soluções e levantando dúvidas. A arte, enquanto prática, procura: provocar o debate de ideias...contrariar ideias definitivas... reflectir sobre a nossa existência... transformar a sociedade e as consciências... apelar aos nossos sentidos e estimular a imaginação... revelar novas perspectivas da realidade...explorar novos territórios estéticos (qualidades da imagem)... transformar o nosso quotidiano, enriquecer a nossa existência… A arte pública privilegia o lugar do espectador, tornando a sua percepção sensorial e a sua participação numa parte fundamental da obra. A ideia geral na arte pública é a de comunicar com o espaço e dialogar/confrontar os cidadãos. Trata-se de uma arte fisicamente acessível, que modifica a paisagem circundante, de modo permanente ou temporário. São obras que, para além da contemplação, pedem o movimento e a interrogação. A arte no espaço urbano busca novas situações. Procura liberdade. Tem como função quebrar determinados padrões de comportamentos impostos.
Num espaço colectivo existem pessoas com direcções opostas mas com um lugar-comum.
Quisemos pesquisar e conhecer, com os sentidos, todos os espaços que cruzamos no dia-a-dia.
Quisemos reflectir sobre a cidadania, sobre a capacidade de agir sobre os lugares onde vivemos, tornando-os mais nossos e mais agradáveis.
Quisemos que cada olhar, cada interrogação, possa indicar o caminho da satisfação pessoal e social.
Quisemos mostrar que cada indivíduo habita na cidade com as suas convicções, com as suas vontades, com os seus destinos e que cada um tem o seu rumo.
Quisemos questionar a necessidade de orientação e direcção nas cidades e desorganizar a rotina.
Uma das finalidades principais da aprendizagem é a aquisição de competências para sermos cidadãos activos na sociedade em que vivemos e assumirmos uma atitude crítica perante o que nos rodeia.
Vão onde vos leva o coração, mas com razão!
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