domingo, 3 de abril de 2011

PARTICIPAÇÃO NO PROJECTO COM ESCOLAS DO MUSEU DE SERRALVES





UNIR DESEJOS ATRAVÉS DA LINGUAGEM DAS DIRECÇÕES

Participação da turma 6ºE da Escola Básica de Vilar de Andorinho no projecto de Serralves “Cidades: Percursos, intervenções, afectos”.


Contextualização - Este ano, o tema do projecto com escolas da Fundação de Serralves, propôs “uma reflexão sobre a cidade e o espaço urbano, tendo em conta as inter-relações entre as dimensões física, social, económica e afectiva”. Assim, o processo de trabalho implicou “uma vontade colectiva de equacionar e negociar propostas concretas de intervenção/transformação dos lugares que habitamos.” Trabalhámos com base no método de projecto com os seguintes objectivos:Desenvolver a articulação de saberes de diversas áreas curriculares/disciplinares (Educação Visual e Tecnológica; História e Geografia de Portugal; Língua Portuguesa; Cidadania), em torno de problemas ou temas de pesquisa ou intervenção; Fomentar a capacidade de pensar criativamente a cidade e as suas condições de habitabilidade; Gerar momentos de aprendizagem cooperativa (Estabelecimento de parcerias com a Câmara Municipal de Gaia e a Fundação de Serralves); Saber intervir no espaço valorizando a requalificação e a importância da qualidade de vida, compreendendo a responsabilidade dos cidadãos na melhoria da qualidade de vida nas cidades. Desenvolver a responsabilidade, iniciativa, persistência e criatividade no desenvolvimento e concretização da actividade;

Memória descritiva - O sítio onde habitamos, a rua que percorremos, a escola que frequentamos, são espaços da cidade. É um espaço colectivo, de vivência em comunidade e onde partilhamos percursos, direcções, cores, lixo, emoções, mapas, memórias, brincadeiras. Pensar sobre a nossa cidade, sobre o que nos agrada, o que nos desconforta…foi explorar, foi analisar, foi ver de diferentes perspectivas, foi imaginar…Quantos lugares gostaríamos de mudar? Quantas direcções gostaríamos de alterar? Na sequência do trabalho que desenvolvemos, investigamos, reflectimos e imaginamos este objecto/produto de expressão que pretende comunicar, interrogar, transformar o lugar e dialogar com o público. Recolhemos informação e procuramos aquilo que as pessoas dão maior importância , mediante os resultados, decidimos destacar os gostos e afectos que estão registados nas placas direccionais. A arte é uma manifestação humana que reflecte novas formas de olhar e de interpretar, dar sentido/direcção às nossas vivências e experiências. A arte também tem a capacidade de influenciar a vida das pessoas, modificando os espaços, gerando soluções e levantando dúvidas. A arte, enquanto prática, procura: provocar o debate de ideias...contrariar ideias definitivas... reflectir sobre a nossa existência... transformar a sociedade e as consciências... apelar aos nossos sentidos e estimular a imaginação... revelar novas perspectivas da realidade...explorar novos territórios estéticos (qualidades da imagem)... transformar o nosso quotidiano, enriquecer a nossa existência… A arte pública privilegia o lugar do espectador, tornando a sua percepção sensorial e a sua participação numa parte fundamental da obra. A ideia geral na arte pública é a de comunicar com o espaço e dialogar/confrontar os cidadãos. Trata-se de uma arte fisicamente acessível, que modifica a paisagem circundante, de modo permanente ou temporário. São obras que, para além da contemplação, pedem o movimento e a interrogação. A arte no espaço urbano busca novas situações. Procura liberdade. Tem como função quebrar determinados padrões de comportamentos impostos.

Num espaço colectivo existem pessoas com direcções opostas mas com um lugar-comum.
Quisemos pesquisar e conhecer, com os sentidos, todos os espaços que cruzamos no dia-a-dia.
Quisemos reflectir sobre a cidadania, sobre a capacidade de agir sobre os lugares onde vivemos, tornando-os mais nossos e mais agradáveis.
Quisemos que cada olhar, cada interrogação, possa indicar o caminho da satisfação pessoal e social.
Quisemos mostrar que cada indivíduo habita na cidade com as suas convicções, com as suas vontades, com os seus destinos e que cada um tem o seu rumo.
Quisemos questionar a necessidade de orientação e direcção nas cidades e desorganizar a rotina.
Uma das finalidades principais da aprendizagem é a aquisição de competências para sermos cidadãos activos na sociedade em que vivemos e assumirmos uma atitude crítica perante o que nos rodeia.
Vão onde vos leva o coração, mas com razão!

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