Vivemos na era da imagem. A fotografia é um meio de comunicação pela imagem, extremamente influente e cada vez mais usado e difundido pelas massas (meios de comunicação e público em geral) através do aparecimento das novas tecnologias – Fotografia digital, programas de edição de imagem, sites de alojamento e partilha de imagens, rapidez de transmissão e difusão da comunicação.
O mundo visual assenta em três factores: a fonte visual, a luz e a visão.
Se «foto = luz» e «grafia = representação», então «fotografia = representação por
acção da luz».
Quisemos saber como a luz é capaz de desenhar. Como quando ficamos com marcas do sol na nossa pele, assim acontece quando a luz incide sobre um material fotossensível (sensivel à luz).
Estudamos o princípio da formação de imagens numa câmara escura. No século XIV já se aconselhava o uso da câmara escura como auxílio ao desenho e à pintura. Leonardo da Vinci descreveu esse fenómeno físico no Codex Atlanticus: “Quando as imagens dos objectos iluminados penetram num compartimento escuro através de um pequeno orifício e se recebem sobre um papel branco situado a uma certa distância desse orifício, vêem-se no papel, os objectos invertidos com as suas formas e cores próprias.”
Após compreendermos melhor o princípio de formação de imagens numa câmara escura, decidimos experienciar esse fenómeno magnífico através da construção de câmaras escuras em cartão. Podemos assegurar-vos que é surpreendente constatar como a luz reflecte nos objectos e entra no pequeno orifício, projectando-se, invertida.
Entusiasmados com este universo, decidimos recuperar um espaço da escola para utilizá-lo como laboratório de fotografia. Aí realizamos fotogramas e revelamos fotografias. Espera aí, e tirar fotografias?!
Como?...
Nem todos têm máquina fotográfica...Fotografar como?
Que tal, construir uma máquina fotográfica?
Acedemos ao desafio e decidimos reunir materiais para construirmos as nossas máquinas. Esta forma artesanal de captação de imagens é possível através da fotografia estenopeica ou vulgarmente conhecida por pinhole.
Trata-se de um processo bastante simples, no entanto exige minúcia e requer todo um cuidado em tornar uma caixa de cartão ou lata de metal, totalmente escura no seu interior e sem que possa entrar um feixe de luz. Chama-se pinhole devido ao facto de ser necessário fazer um pequeno orifício com uma agulha (local por onde a luz entra para gravar a imagem num papel foTográfico sensível)
Observem as nossas máquinas fotográficas pinhole:
(Em breve publicaremos aqui os resultados das nossas experiências no laboratório e, claro, as nossas fotografias!)
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